Em seu vídeo, Débora Guimarães se apropria de imagens televisivas de canais sensacionalistas brasileiros e também estrangeiros, incluindo o ISIS; sob um olhar visceral, Débora recria um imaginário caótico com o propósito de ressignificar e reconfigurar a lógica do olhar.
   Nos vídeos é possível ver a tragédia ocorrida em Mariana, no Brasil, pela empresa Samarco e a indução de jovens e crianças a usarem armas e se prepararem para ser soldados, como no caso do Estado Islâmico. A artista convida a todos a contemplar e serem engolidos por uma experiência sublime de dor e sofrimento, onde todos nós somos cúmplices.
   A imagem pode matar? É com esta força que Débora nos convoca, intimida-nos a comparecer no dia do juízo final, presente em cada imagem que acompanhamos e que nos acompanha após o seu fim.